As crianças e os adolescentes, ao iniciarem o seu atendimento no projeto, são inseridos nas oficinas artísticas e culturais. Por meio destas atividades, os atendidos são apresentados a questões pertinentes à própria realidade, têm contato com novos conhecimentos do campo artístico e criativo, bem como previnem o surgimento de doenças mentais e mantêm o equilíbrio emocional.

Para integrarem as atividades pedagógicas, as crianças e os adolescentes também são inseridos nas vivências de práticas ancestrais afro-indígenas com foco na saúde. Trata-se da formação de espaço de apoio terapêutico onde crianças, adolescentes e seus cuidadores diretos, como familiares, professores, profissionais de Saúde e agentes sociais, participam de atividades que promovem a saúde emocional por meio do uso de tecnologias leves pautadas nas Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e saberes ancestrais afro-indígenas, como a roda de terapia comunitária integrativa e danças circulares.

As práticas terapêuticas, além de fortalecerem e promoverem o equilíbrio emocional, procuram proporcionar o compartilhamento de experiências de vida e sabedorias a partir da integração, do autoconhecimento, da ajuda mútua e da empatia, em um momento em que cada um se torna terapeuta de si mesmo.

As atividades artísticas e culturais, por outro lado, buscam contribuir na prevenção das doenças mentais e manutenção do equilíbrio emocional por meio de uma estratégia metodológica lúdica e de socialização com potencial terapêutico. Este processo envolve técnicas que ajudam no desenvolvimento da criatividade, concentração, expressão corporal e do posicionamento crítico quanto à realidade.